Lançamento da Papirus dá voz às mulheres para
pensar
e debater a criação artística audiovisual feminina
O termo “empoderamento
feminino” vem ganhando cada vez mais visibilidade. Se, no passado, as mulheres
não conseguiam mostrar o seu valor, hoje elas estão atuando em todas as áreas,
inclusive naquelas que eram dominadas pelos homens. Ao encontro desse momento,
a Papirus lança Feminino e plural: Mulheres no cinema
brasileiro (240 pp., R$ 59,90), livro organizado
por Karla Holanda e Marina Cavalcanti Tedesco, que traz histórias e reflexões
sobre mulheres cineastas, reforçando sua presença artística em momentos
marcantes do audiovisual nacional.
Essa obra
não faz apenas um resgate histórico do cinema brasileiro feito por mulheres, traz
também uma abertura estratégica do pensamento crítico feminista no campo do
cinema. “Uma publicação que dá voz às mulheres para pensar e debater sua
criação artística audiovisual, divulgar novas formas e caminhos de pesquisa e
reflexão e, consequentemente, potencializar seu poder de interpelação na
criação e na política”, afirma Heloísa Buarque de Hollanda, no Prefácio.
Os textos
reunidos nessa coletânea contribuem para o desmembramento de novas
investigações, para atender a uma demanda por mais conhecimento sob esse viés e
ainda ser instrumento de discussões em cursos na área do audiovisual. Buscam
também abranger diversos períodos da história do cinema nacional, com pontos de
vista e tons variados, de acordo com a perspectiva de cada autor, demonstrando
a pluralidade do feminino.
“O que nos
propusemos com esse livro”, explicam as organizadoras, “foi reunir pesquisas
desenvolvidas nos últimos anos que têm iluminado realizadoras e obras pouco
conhecidas e estimular outras, convocando mais pessoas a transferir seus
repertórios teóricos e metodológicos ao recorte de autoria feminina, o que
certamente resultará em investigações inéditas e estabelecerá relações e
associações pouco exploradas”.
Para elas,
“há toda uma história a ser construída, se considerarmos que a história do
cinema contemplou, praticamente, apenas a parte masculina, o que tem feito
emergir muitas mulheres do cinema, não somente diretoras. O terreno é muito
vasto, ainda há muito a ser ocupado, a ser compreendido. A tarefa é enorme e,
certamente, não se esgota nessa coletânea”.
Feminino e plural:
Mulheres no cinema brasileiro é leitura obrigatória para
estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da área do audiovisual e
agrega novos instrumentos críticos e historiográficos essenciais à Primavera
das Mulheres no Brasil, que ganha força a cada dia.
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Sobre as organizadoras:
Karla Holanda, doutora
em Comunicação, é professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade
Federal Fluminense (UFF). Desenvolve os projetos de pesquisa
"Documentaristas brasileiras" e "Cartografia do documentário
brasileiro", banco de dados on-line
iniciado com a colaboração de alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF), onde foi professora entre 2011 e 2017. É também cineasta, tendo
dirigido, entre outros filmes, Kátia.
Marina Cavalcanti Tedesco é diretora
de fotografia e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de
fundadora e curadora do cineclube Quase Catálogo. Dentre suas principais
publicações, destacam-se Brasil–México:
Aproximações cinematográficas e Corpos
em projeção: Gênero e sexualidade no cinema latino-americano.
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Participam também dessa
coletânea:
- Alcilene Cavalcante
- Alessandra Soares Brandão
- Ana Maria Veiga
- Ceiça Ferreira
- Daiany F. Dantas
- Denise Tavares
- Edileuza Penha de Souza
- Érica Sarmet
- Gilberto Alexandre Sobrinho
- Ilana Feldman
- Isaiana Santos
- Luciana Corrêa de Araújo
- Luís Alberto Rocha Melo
- Mariana Ribeiro Tavares
- Marina da Costa Campos
- Ramayana Lira de Sousa
- Renata I.F. Nolasco
- Roberta Veiga
- Rubens Machado Júnior
- Sheila Schvarzman
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