terça-feira, 12 de dezembro de 2017

QUAL É O SEGREDO DE UM GRANDE LÍDER?

Em Academia de liderança, Fernando Jucá afirma que todos podem ser líderes, e que a verdadeira liderança deve ser incentivada e construída

O que Martin Luther King, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi e John Kennedy têm em comum? A resposta é fácil: são grandes líderes da história da humanidade, capazes de mover multidões por um objetivo comum, muitas vezes sem hesitação, com uma fidelidade cega. Mas qual seria o segredo desses grandes líderes para alcançar tamanha admiração e tanta credibilidade? Segundo Fernando Jucá, autor de Academia de liderança: Como desenvolver sua capacidade de liderar (Papirus 7 Mares, 192 pp. R$ 48,00), na verdade, não há segredo.
“Todos podem ser líderes se assim o desejarem. Na discussão mais velha da administração – sobre se líderes nascem feitos ou são formados –, minha resposta é um duplo sim: todos nascemos capazes de ser líderes e todos podemos aperfeiçoar nossa capacidade de liderança”, afirma o autor, que teve a colaboração de Edilberto Camalionte, Ricardo Jucá e Ruy Bilton para escrever o livro.
 “A construção de marcas é um tema que envolve questões fascinantes de comportamento humano: como percepções são formadas, como redes de comunicação boca a boca são estabelecidas... Mas, no final, o que pude observar é que o aspecto fundamental que distingue marcas corporativas fortes é a qualidade da liderança”, completa o autor, que por sinal é especialista em branding.
Logo no início da obra, Fernando Jucá faz um relato emocionante sobre a final da Copa Mundial de Rúgbi de 1995, na África do Sul. O autor estava de férias no país, onde acabou presenciando uma das maiores demonstrações de liderança da história recente. Anos mais tarde, o fato seria retratado, numa das cenas mais marcantes do cinema, no filme Invictus: quando Nelson Mandela entrou em campo para cumprimentar os jogadores e o estádio inteiro ficou, por um instante, no mais completo silêncio. Em seguida, o que se ouviu foi um coro de todos os presentes clamando por Mandela. “A multidão delirou. A mensagem era clara: ‘eu, Nelson Mandela, represento dezenas de milhões de sul-africanos, que hoje jogarão junto com vocês’. Foi de arrepiar”, lembra.
Ainda de acordo com o autor, a liderança tem que acontecer todo dia e ser exercida por todos: não pode ser a responsabilidade de poucos ou um evento pontual. E, dentro de uma empresa, criar uma cultura centrada no desenvolvimento de lideranças provavelmente é uma das principais tarefas do líder.
“Alguém mais cínico poderia perguntar: ‘mas, se todos se tornarem líderes, quem eles vão liderar?’. Essa indagação reflete uma visão estanque do fenômeno da liderança: alguém é líder ou não é. Mas não é assim que as coisas funcionam. Tanto que equipes de alta performance muitas vezes contam com integrantes capazes de se revezar na liderança, de acordo com as características do desafio enfrentado”, finaliza.

Sobre o autor:
Fernando Jucá é doutor em Administração de Empresas, um dos fundadores da consultoria SSJ – Laboratório de Negócios e atua como facilitador de cursos in-company em grandes empresas, além de lecionar na pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Também colabora regularmente com artigos para revistas como Você S/A, Exame, RAE e Meio & Mensagem e ministra palestras em cursos e eventos de empresas regularmente.

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