Em Academia
de liderança, Fernando Jucá afirma que todos podem ser líderes, e que a
verdadeira liderança deve ser incentivada e construída
O que Martin Luther King, Nelson
Mandela, Mahatma Gandhi e John Kennedy têm em comum? A resposta é fácil: são
grandes líderes da história da humanidade, capazes de mover multidões por um
objetivo comum, muitas vezes sem hesitação, com uma fidelidade cega. Mas qual
seria o segredo desses grandes líderes para alcançar tamanha admiração e tanta
credibilidade? Segundo Fernando Jucá, autor de Academia de
liderança: Como desenvolver sua capacidade de liderar (Papirus 7 Mares,
192 pp. R$ 48,00), na verdade, não há segredo.
“Todos podem ser líderes se assim o
desejarem. Na discussão mais velha da administração – sobre se líderes nascem
feitos ou são formados –, minha resposta é um duplo sim: todos nascemos capazes
de ser líderes e todos podemos aperfeiçoar nossa capacidade de liderança”,
afirma o autor, que teve a colaboração de Edilberto Camalionte, Ricardo Jucá e
Ruy Bilton para escrever o livro.
“A construção de marcas é um tema que envolve
questões fascinantes de comportamento humano: como percepções são formadas,
como redes de comunicação boca a boca são estabelecidas... Mas, no final, o que
pude observar é que o aspecto fundamental que distingue marcas corporativas
fortes é a qualidade da liderança”, completa o autor, que por sinal é
especialista em branding.
Logo no início da obra, Fernando Jucá
faz um relato emocionante sobre a final da Copa Mundial de Rúgbi de 1995, na
África do Sul. O autor estava de férias no país, onde acabou presenciando uma
das maiores demonstrações de liderança da história recente. Anos mais tarde, o
fato seria retratado, numa das cenas mais marcantes do cinema, no filme Invictus: quando Nelson Mandela
entrou em campo para cumprimentar os jogadores e o estádio inteiro ficou, por
um instante, no mais completo silêncio. Em seguida, o que se ouviu foi um coro
de todos os presentes clamando por Mandela. “A multidão delirou. A mensagem era
clara: ‘eu, Nelson Mandela, represento dezenas de milhões de sul-africanos, que
hoje jogarão junto com vocês’. Foi de arrepiar”, lembra.
Ainda de acordo com o autor, a
liderança tem que acontecer todo dia e ser exercida por todos: não pode ser a
responsabilidade de poucos ou um evento pontual. E, dentro de uma empresa,
criar uma cultura centrada no desenvolvimento de lideranças provavelmente é uma
das principais tarefas do líder.
“Alguém mais cínico poderia
perguntar: ‘mas, se todos se tornarem líderes, quem eles vão liderar?’. Essa
indagação reflete uma visão estanque do fenômeno da liderança: alguém é líder
ou não é. Mas não é assim que as coisas funcionam. Tanto que equipes de
alta performance muitas vezes contam com integrantes capazes
de se revezar na liderança, de acordo com as características do desafio
enfrentado”, finaliza.
Sobre o
autor:
Fernando Jucá é
doutor em Administração de Empresas, um dos fundadores da consultoria SSJ –
Laboratório de Negócios e atua como facilitador de cursos in-company em grandes empresas, além de lecionar na pós-graduação na Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Também
colabora regularmente com artigos para revistas como Você S/A, Exame, RAE e Meio
& Mensagem e ministra
palestras em cursos e eventos de empresas regularmente.
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