Eugenio Mussak e Mario Sergio Cortella
mostram que a liderança pode ser conquistada em lançamento da Papirus 7 Mares
Nas
entrevistas de emprego e nos currículos a presença de uma virtude é considerada
fundamental para quase todos os profissionais: a liderança. O que pouca gente
sabe é que essa é uma qualidade que pode ser desenvolvida, não é
necessariamente uma característica exclusiva de algumas pessoas ou ainda uma
herança genética. Adolph Hitler e Napoleão Bonaparte, por exemplo, seriam
líderes natos, desenvolveram a capacidade de liderança ou eram apenas
comandantes sedentos de poder? As respostas para essas perguntas estão em Liderança
em foco, lançamento da Papirus 7 Mares, que tem como autores Eugenio
Mussak, colunista das revistas Você S/A e Vida Simples e especialista em
educação corporativa, e o filósofo Mario Sergio Cortella.
Quem
precisa tomar posições de liderança - empresários, professores, estudantes - e
quem tem interesse no assunto encontrará uma obra recheada de informações que
podem auxiliar na conquista de seus objetivos. No livro, os autores tratam o
tema de maneiras diferentes - mas complementares. Mussak, por exemplo, pensa a
liderança em quatro dimensões. "Primeiro ela é uma escolha, ao escolher
liderar assume-se responsabilidade. Segundo é, acima de tudo, uma relação
humana, porque quem lidera, lidera pessoas, e não coisas, ativos ou processos.
Terceiro é técnica: existem alguns procedimentos, condutas bastante definidas e
previsíveis, além da questão mais estratégica da liderança e do alcance de
resultados. Por fim, liderança pode ser considerada uma arte. Você percebe que
atingiu o estado da arte quando começa a criar estilo pessoal, e a partir daí
consegue de pessoas comuns resultados espetaculares, memoráveis", explica.
Já Cortella vê a liderança como "compromisso ético, eficácia focal,
capacitação, técnica, inspiração coletiva e resultados socialmente
relevantes". Os autores expõem no livro que liderar não é o mesmo que
chefiar, que não existe um líder nato, mas sim pessoas que nascem com
características inatas de liderança. Também afirmam que todos podem aprender a
ser líder. "As pessoas que exercem com maior consistência as habilidades e
aproveitam as circunstâncias acabam parecendo 'líderes natos'. No entanto,
podemos dizer que como ponto de partida todos nascemos com condição de fazê-lo,
desde que seja posto em ação aquilo que é originalmente possibilidade",
diz Mario Sergio Cortella.
Para
ensinar as bases sobre a liderança, os debatedores utilizam diversos conceitos
aprendidos durante anos de trabalho. Eles usam inclusive a mitologia grega para
exemplificar os tipos de liderança. "A mitologia e a filosofia
greco-romanas são referências contínuas das nossas práticas, trazendo um aporte
clássico e, ao mesmo tempo, contornos estéticos apoiados na história e sua
arqueologia", aponta Cortella. Mussak e Cortella também discutem, ao longo
da obra, autonomia e automotivação, momentos em que se é líder ou não,
persistência e outros conceitos ligados à liderança. Por fim, os autores
afirmam que não há um passo a passo formal para aprender a liderar, mas dão
dicas valiosas:
A
liderança depende de duas fontes. Ela pode ser característica pessoal do
indivíduo (tem gente com mais tendência a liderar, mais apreço pelo exercício
da liderança). Evidentemente quem gosta de liderar nasceu com isso. Mas
qualquer um pode aprender a ser líder, alguns mais rapidamente que outros
porque têm mais tendências a isso. Mesmo quem já tem essa tendência precisa
aprender a liderar, pois isso significa uma força que a pessoa tem, mas que, se
ela não souber usá-la, pode provocar estragos. Depende da leitura, depende de
outros. (Eugenio
Mussak)
Liderança é, antes de mais nada,
a capacidade de inspirar, motivar e animar pessoas e, nelas, as ideias. Por
isso, quem deseje conquistar a liderança precisa primeiramente lembrar que só é
um bom ensinante quem for um bom aprendente. Depois: prestar atenção, ser
permeável ao que não domina, ouvir muito e refletir mais ainda, ter audácia e
arriscar-se de forma planejada (mas arriscar-se!), colocar-se em situações
novas para vivenciar alternativas de práticas, procurar o valor da ação
coletiva, acolher a diversidade e, claro, estudar livros como esse, que tratem
do tema. (Mario
Sergio Cortella)
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