ORAÇÃO *
Em
nome do espírito
santo
da flor
verbo da carne
criança alada
cerne da espada
ausência da morte
um prelúdio
uma sorte
e um cântico ao norte
Em nome do homem
que beija a mulher
forjada na lua
morada de fadas
dos cães de rua
da fúria caseira
feitiço e rudeza
molhada e nua
rezada de bruma
Em cima da mesa
a oferta do corpo
da dança
do fogo
em nome do espírito
santo da flor
verbo da carne
criança alada
do cerne da espada
no brilho do corte
o ganido o acorde
do gozo disforme
dos homens que nascem
da matéria do amor
além
amém
* poesia retirada do livro Paisagem vista do trem, de Antonio Calloni.
verbo da carne
criança alada
cerne da espada
ausência da morte
um prelúdio
uma sorte
e um cântico ao norte
Em nome do homem
que beija a mulher
forjada na lua
morada de fadas
dos cães de rua
da fúria caseira
feitiço e rudeza
molhada e nua
rezada de bruma
Em cima da mesa
a oferta do corpo
da dança
do fogo
em nome do espírito
santo da flor
verbo da carne
criança alada
do cerne da espada
no brilho do corte
o ganido o acorde
do gozo disforme
dos homens que nascem
da matéria do amor
além
amém
* poesia retirada do livro Paisagem vista do trem, de Antonio Calloni.
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SER POETA
Ser poeta é quase que divino,
homem,
menino,
ser poeta é
viver, matar.
Ser Deus,
não como o todo-poderoso
Jeová.
Ser Deus de
uma folha de papel,
com uma
caneta.
Ser poeta é ser pateta,
Ser poeta é ser pateta,
ser
ridículo, um palhaço,
ser um
eterno apaixonado,
um
desgraçado abençoado,
É alegre, é
triste,
GUERREIRO
que da guerra
NUNCA, nunca desiste.
Sua alma é
amor,
coitado, só
quer viver sentindo dor.
* poesia retirada do livro Queria brincar de mudar meu destino, de Gilvã Mendes.
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