quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Histórias breves para ensinar

Com textos curtos, é possível desenvolver um trabalho pedagógico totalmente interdisciplinar e interessante. Essa é a proposta de Celso Antunes no livro Histórias mínimas: Um projeto para trabalhar a interdisciplinaridade, lançamento da Papirus Editora.
O objetivo da obra é simples: apresentar aos professores do ensino fundamental um conjunto de contos, casos, metáforas e parábolas que possam encantar e surpreender seus alunos, mas que ao mesmo tempo ofereçam ferramentas para um verdadeiro trabalho interdisciplinar.
“As histórias não apresentam como tema específico conteúdos conceituais desta ou daquela disciplina escolar, mas abrem perspectivas para que, com sua leitura, se possam perceber vínculos com a Língua Portuguesa e a Matemática, a História e a Geografia, as Ciências e a Língua Estrangeira, além de permitir também situar o tema em linguagens da Arte e da Educação Física”, explica Celso Antunes. “Acredito que representam um veículo para refletir a interdisciplinaridade sempre presente em temas do cotidiano de cada aluno, nos noticiários e nos acontecimentos de cada dia”, complementa. 
Segundo o educador, a vida sempre foi uma ação interdisciplinar e a escola sempre interpretou essa condição por meio de disciplinas que aprofundavam essa análise, mas muitas vezes perdiam a visão sistêmica do saber presente nos desafios do cotidiano. “É importante enfatizar que não se trata de definir a interdisciplinaridade como importante ou não, mas percebê-la como constantemente presente em cada ato comum nos desafios e no destino de cada um”, aprofunda Antunes.
A profissional responsável pelo desenvolvimento de toda a parte pedagógica do livro é Priscila Puccetti Rodrigues. “Ela foi convidada por causa da visão verdadeiramente interdisciplinar com que sempre encarou os conteúdos conceituais apresentados em aula, por sua experiência docente, pela acuidade e pela profundidade com que sempre pensou de maneira sistêmica o ensino comum à sala de aula em todo país”, explica Celso Antunes.
Os textos, dispostos em ordem alfabética, foram criados com base nas experiências propiciadas pela vida; nos assuntos que costumam emergir na sala dos professores e nas notícias do jornal; nas histórias da vida que se fazem lendas e nas lendas que se contextualizam em fatos e em acontecimentos.
“A interdisciplinaridade não pode ser uma estratégia de ensino para um momento específico, um desafio para circunstância especial. Representa em verdade nova visão escolar de assuntos de cada dia. Em uma notícia de jornal, no comentário de um jogo esportivo, na apresentação de uma cena doméstica sempre existem meios de descobrir disciplinas escolares e seus saberes e é essa a proposta do livro”, conclui o autor.

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