Cortella e Monja
Coen trazem, em novo livro, a filosofia e a espiritualidade para uma conversa
sobre vícios e virtudes
Como podemos transformar vícios em virtudes? De que adianta
ser bom num mundo tão corrupto e injusto? Como somos quando ninguém está nos
vendo? Todo ser humano tem salvação? O filósofo Mario Sergio Cortella e a Monja
Coen, fundadora da Comunidade Zen-budista do Brasil, debatem essas e outras
questões no novo livro da Papirus 7 Mares — Nem anjos
nem demônios: A humana escolha entre virtudes e vícios (208 pp.,
R$ 38,90).

Os autores falam também sobre a importância de praticar a
virtude, independentemente de qualquer situação. “Eu acho que o que caracteriza
uma virtude no sentido de positividade é exercê-la como crença, e não como circunstância”,
explica Cortella. Monja Coen cita Gandhi: “Somos a transformação que queremos
no mundo”.
Nem anjos nem demônios: A humana escolha entre
virtudes e vícios nos leva a refletir sobre o outro
como nosso semelhante, a intolerância cada vez mais presente em nosso cotidiano
e a falta de compaixão. Monja Coen lembra que “devemos fazer o bem a partir da
identificação, da empatia com o outro, do coração como cerne do nosso eu
verdadeiro. Ações devem ser realizadas através da pura compaixão. E a compaixão
só surge se houver sabedoria. A sabedoria é o portal da virtude, é o portal de
uma vida ética”.
Diante de nossas escolhas, estamos no
caminho certo?
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“Acho que a virtude é exatamente
aquilo que permite que a gente se eleve não no campo da soberba, mas que realize
a nossa humanidade no ponto máximo, ou seja, não desperdice vida.” (Cortella)
“Nem bom nem ruim, acho que o ser humano nasce com
determinadas características, que podem ser alteradas por meio da educação, do convívio
e de práticas que o transformam.” (Monja Coen)
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